Memórias de um arrepio
Você pode ter esquecido
mas minha memória é eterna
Eu sou aquele arrepio
sem vento e sem frio
subindo em tua perna
O grito comprimido num pote
O cheiro cheiroso
que te esquenta o cangote
Eu sou o inferno e sou a paz
Sou o passado que vai à frente
o presente correndo atrás
Eu sou aquele que te segue enquanto anda
tragando o teu cheiro de mel e lavanda
Eu sou a tua libido viva
A gota de saliva que escapole do beijo
escorre na louça, ilumina o que vejo
E não mais do que justo, segue sua trilha
desliza em teu busto e transborda à virilha
Eu sou o que essa gota
é agora
Passeio em teu corpo
pouso em tua mão
e nunca mais vou embora
Eu sou aquele arrepio
sem vento e sem frio
subindo em tua perna
O grito comprimido num pote
O cheiro cheiroso
que te esquenta o cangote
Eu sou o inferno e sou a paz
Sou o passado que vai à frente
o presente correndo atrás
Eu sou aquele que te segue enquanto anda
tragando o teu cheiro de mel e lavanda
Eu sou a tua libido viva
A gota de saliva que escapole do beijo
escorre na louça, ilumina o que vejo
E não mais do que justo, segue sua trilha
desliza em teu busto e transborda à virilha
Eu sou o que essa gota
é agora
Passeio em teu corpo
pouso em tua mão
e nunca mais vou embora
(Pietro Leal)